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Wednesday, December 17, 2008

Buddakan - Posh Asia in NYC.

A Ásia definitivamente se consolidou como uma das culinárias mais cools do mundo, não sei se são os temperos diferentes ou o fato que se divide os pratos no centro da mesa, mas sem dúvida é sempre bom mudar os ares. Em NYC não é diferente, vc pode comer inúmeras opções asiáticas, isso sem contar o já tradicional japonês. Nesta semana fui no Buddakan que fica em Chelsea um dos bairros mais descolados de lá.

O restaurante tem uma decoração escura e grandiosa, com uma sala na entrada de espera que fica lotada de pessoas bonitas e ansiosas para a experiência culinária que as espera. Tomei lá um Martini de Ciroc com um outro tipo de Vermuth e um leve toque de laranja, incrivelmente refrescante, sugestão do simpático barman.

Vc pode sentar no memso nadar dessa sala de espera ou no subsolo, as melhores mesas ficam no salão que tem um pé direito duplo, com um escadaria dramática, coisa que só se acha em NYC. Para entrada ficamos com o edamame dumplings, um guioza que é recheado por um creme das sementes de soja japonesas, ao morder a sensação é de uma explosão de um veludo na sua boca.

Pedimos vários pratos um noodles com camarões que estava muito gostoso e um stir fry de frango e legumes saboroso. O destaque fica no entendo para o pato que vem uma panela de louça, deliciosamente crocante por fora e macio e rosado por dentro, com um molho adocicado com amendoins e feijões al dente, que era perfumado e com o contraste da crocancia do amendoim e feijão e o pato foi o grande hit da noite.

O serviço como em todo bom restaurante de NYC foi muito bom e atencioso e mais importante nesse caso, sugestivo. A carta de vinhos e sakes era justa nos seu preços. O único se não foi que esperamos uma meia hora além da nossa reserva para sermos sentados.

Buddakan
75 9th Av. com 15th St.
New York
Tel – 1 -212 – 989- 6699

3***
$$$$

Wednesday, December 10, 2008

Oyster Bar X Metrazur - Disputa na Grand Central Station

Existem algumas poucas dicas unânimes em NYC entre os brasileiros, mas o Oyster Bar da Grand Central Station é um deles. Não sou especialista em ostras e talvez por isso não saiba apreciar tudo que o lugar pode me oferecer, mas não acho que de fato tenha nada de muito especial. Já o Metrazur que fica na bancada leste no saguão principal foi uma grata surpresa.

Vamos começar pelo Oyster Bar, o restaurante fica no subsolo em um ambiente estilo uma senzala reformanda, que tem seu charme. Vc pode optar por sentar em um dos balcões onde pode pedir suas ostras diretamente para o garçon central – me lembrou um pouco os galetos do centro do Rio de Janeiro – ou sentar nas mesas. Optamos por sentar nas mesas, fomos recebidos por um couvert de biscoitos de gergelin e pães com uma manetiga sem gosto e dura de mais.

Em uma ocasião eu pedi um peixe grelhado que vem acompanhado de legumes no vapor. O peixe estava incrivelmente fresco para NYC, mas um pouco sem sal, acho que para americanos só o frescor já é suficiente. Em uma segunda visita optei pelo crab cake que é um dos meus pratos favoritos, vieram 2 bolos enormes, mas o carangueijo estava muito escuro e prensado de mais, ao contrário do clássico onde o interior é quase um empilhamento dos pedaços de carne branca. O sabor estava apenas bom e não me faria voltar por causa disso. Já provei as ostras, mas de fato acho que não entendo o suficiente para opinar, mas estavam frescas.

Já o Metrazur que fica em um dos balcões laterais do salão principal é um ambiente agrabilíssimo, com mesas granes e todo o explendor da Grand Central para ser observado. Fomos recepcioanos por uma cesta de pães mornos, o meu preferido com o integral com nosez e alguma fruta vermelha, que estava delicioso. 

Para principal fiquei com a sopa do dia, de milho com um fundo de polenta, pancetta – bacon italiano – crocante, queijo de cabra e pequenos croutons. A sopa estava incrivelmente cremosa, quando a colher ia até o fundo encontrava a polenta salgadinha, que com um pouco do queijo adicionava o sabor agudo do queijo e um pedacinho da pancetta o toque de gordura perfeito. Uma das melhores sopas que já comi da vida.

Na minha mesa o destaque ficou para a salada de grão de bico e mini polvos gralhados que foi muito elogiada. Quando eu estiver da próxima vez na Grand Central eu com certeza optarei pelo segundo,até porque os preços finais são bem parecidos.

Oyster Bar
Grand Central Station
New York

2**
$$$

Metrazur
Grand Centra Station
New York

3***
$$$

Thursday, October 23, 2008

Hatsuhana - Japonês de verdade

Vamos combinar logo de cara, não sabemos comer Sushi no Brasil! Pronto falei! Do excesso dos pedidos de salmão e das super invenções fritas para todos os gostos estamos a cada vez mais nos distanciando da culinária japonesa de verdade. Não estou falando que não gosto do que temos aqui, para falar a verdade adoro, mas separo os restaurante japonês em os com invencionismos e os de verdade. Em NYC fui a um desses de verdade que me fazem pensar se já havia comida algo assim antes aqui no Brasil, apesar de freqüentar japonês pelo menos uma vez por semana.

O Hatsuhana em NYC não tem nada do glamour peculiar aos melhores restaurantes da cidade, uma decoração super simples, talvez até simples de mais. Mas logo que vc entra uma coisa chama atenção, não só todos trabalhando lá são japonês e quase não falam inglês como metade dos clientes também é japonês, indício de comida de qualidade em minha opinião.

Acho que a experiência foi tão boa porque demos asas a criatividade do nosso sushi men, sentamos no balcão e falamos prepare o que vc quiser, sendo que não gosto de ouriço. Tenho que admitir que essa brincadeira também pode dar asas a sua conta no final da noite, dado que as coisas mais especiais tendem a ser muito caras, dada a sua raridade, uma dupla de sushi especiais podem custar facilmente 20 dólares. Mas uma vez na vida esse pecado é permitido.

Alguns dos destaques ficam para a enguia que é levemente cozida e vem com um molho levemente adocicado, nada do excesso de teriaky que usamos aqui, o sushimen dá uma pincelada e that is it. O sushi de camarões muito pequenos crus e molinhos, é uma experiência no mínimo peculiar, a textura é realmente diferente de tudo que já comi em um restaurante de japonês. Uma coisa que me chamou atenção é que o arroz dos sushis era levemente morno, meio que saia direto da panela que contrastou bem com esse camarão.

Mas o highligh total da noite fica para a toro fat tuna, que é um atum extremamente gordo, talvez seja o equivalente do Foie Gras dos franceses, mas sem as crueldades que são feitas com os ganços. Este Toro estava especialmente fresco, segundo nosso sushimen era de Boston e não tinha sido congelado, apenas resfriado. A textura desse peixe não lembra em nada qualquer peixe, é quase que uma mousse, com um gosto “longo” (me falta o adjetivo apropriado, o que quero dizer é um gosto que fica na boca mesmo depois que vc engoliu o peixe), macio e amanteigado, afinal de contas é um peixe especialmente gordo. Quando vc tiver oportunidade não deixe de experimentar. O yellow tail snapper com o sal moído na hora das montanhas do tibet também era especial, com as suas precisas gotas de limão.

Para acompanhar uma mínima jarra de saquê frio, e água com gás, afinal de contas nem tudo que vc experiementa ao pedir um menu exótico é sensacional. Mas no final das contas vale a pena a brincadeira para os apreciadores de uma boa aventura gastronômica. Próxima para Tóquio, que sabe lá eu não me aventuro de novo por esses caminhos!

Hatsuhana
17 east 48th St
New York City

3***
$$$$

Per Se - Sabores que duram até o dia seguinte, pelo menos.

E aqui estamos de novo diante de um refeição de 4 estrelas! Eu sei que sou muito chato, mas realmente é difícil combinar: atendimento, ambiente, comida inovadora, execução impecável! Tenho que me defender logo, que além dessa refeição e da outra quarto estrelas que tenho aqui no blog, tenho uma que nunca escrevi, mas que vale mencionar para vcs não acharem que eu sou um pedante, que acho que só se pagando muito se come impecavelmente bem. Em Boi Peba, na Bahia, tem um restaurante chamado Mar e Coco, que é na verdade quase uma cabana e tem apenas 4 ou 5 pratos no menu, simplesmente divino, quando comi lá gastei 20 reais!

Mas voltando ao assunto, eu jantei de novo no Per Se em NYC e tenho que dizer que poucas vezes me senti tão mimado como lá, da execução perfeita da comida ao serviço que é algo que não dá para ser descrito com facilidade tudo é sem falhas. O Per Se é um restaurante de menu degustação, mas vc tem escolhas, ou vc é vegetariano ou não é! Além disso, em dois momentos dos 9 pratos (mas acredite não é tanta comida assim), vc pode fazer escolha entre 2 opções. Mas na verdade nem que não pudesse confiaria no chef Thomas Keller de olhos fechados. NADA, absolutamente NADA que veio a mesa era menos do que sublime.

Não posso falar de todos os pratos para não entediar vcs, mas logo que chegamos somos sentados em uma mesa com a vista incrível do canto do sudoeste do Central Park, em um restaurante que tem uma decoração que é “tone down”, com tons sóbrios de marrom e off White, talvez para não atrapalhar a grande estrela da noite: a comida. As mesas são impecavelmente postas, com talheres de prata simples e louças sempre brancas (eu realmente não gosto de louça escura que eu não consigo ver o que estou comendo, será que até nisso ele pensou), em formatos que variam de acordo com o prato que está sendo servido.

Antes de tudo começar somos surpreendidos pela versão francesa de nosso pão de queijo, baseado no queijo Gruyere, sequinho e levemente crocante por fora e uma explosão de suavidade por dentro, com o gosto inconfundível do gruyere, logo após somos surpreendidos por um cone ultra crocante, mas de massa leve, enrolado em um guardanapo, dentro um sour cream leve, quase que como claras em neve, e em cima um tartar de salmão picado em mínimos pedaços. Lá a comida é mais que sabores são texturas, sensações e aromas. Além disso, vale lembrar que é claro que adoro essas surpresas que são feitas ao longo da refeição.

Entre os pratos que comi vou destacar 3, de entrada o prato mais conhecido do cheff, uma ostra levemente cozida, em um potinho com um fundo de sagu (isso mesmo a nossa velha tapioca que lá é chamada de pérolas de tapioca), um creme que me lembra um bechamel rico em manteiga e com uma pequena colher de caviar negro. Acho que esse prato é a definição da cozinha do Per Se, as texturas do caviar e do sagu contrastam com a da ostra que esta perfeitamente fresca, o molho amanteigado balanceia o gosto peculiar e salgado do caviar, sem que nada perca seu lugar.

O Foie Gra frio com calda de frutas vermelhas veio com a textura firme como deve ser, contrastando com a acidez das frutas vermelhas e com um brioche, que faria inveja a qualquer padeiro. Os pães lá são frios como nos restaurante europeus, mas as manteigas são um capítulo a parte. Lá tudo tem uma história a nossa manteiga veio de uma fazenda de Vermont, de 35 acres com apenas 6 vacas, que produzem manteiga todos os dias apenas para o Per Se, chic mesmo é ter uma história de exclusividade por trás do seu produto, forget the rest!

A vieira selada na frigideira com a textura de uma nuvem branca, de tão perfeita, vinha com um molho de romã, que trazia um contraste com a melosidade do marisco, mais uma vez um balanceamento perfeito entre sabores e texturas. O peito de pato estava cozido perfeitamente e acompanhava um gratin de batatas, simples não? Mas quando simples atinge a perfeição o que fazemos? Deliramos, acho que é isso.

O carneiro estava muito bom, assim como o peixe (não me pergunte o nome em português Yellow Tail Snapper), a sobremesa de pêra estava maravilhosa assim como o sorbet antes da sobremesa de melancia. A surpresa de um parfait com calda de amoras era um final feliz para os homens, e um mini creme brulé para as mulheres (não sei qual a lógica). Mas, no Per Se, eles não se dão por satisfeitos, que tal a seleção de chocolates feitos lá mesmo para acompanhar o café? No final da refeição recebemos uma sacolinha com um crocante de amêndoas com base de chocolate, mas no meu caso que tinha comentado que não comia chocolate, caramelos puxa com gosto de infância! No dia seguinte enquanto comia os meus caramelos ainda delirava com os sabores da noite anterior, no Per Se eles são cuidados para que a sua experiência dure até o dia seguinte.

Mas tenho que admitir que tudo isso é uma brincadeira cara, o menu degustação sem a escolha do Foi Gra no terceiro prato é US$ 275, se vc fizer a minha escolha adicione mais US$ 30, ou seja é para os amantes da boa comida, as pessoas com um cartão corporativo ou amigos muito gentis que te convidem para a experiência. Não se esqueça que com uma refeição como essa um bom vinho é necessário, ou seriam bons vinhos. No final das contas prefiro isso que uma noite em um hotel maravilhoso ou uma extravagância qualquer, mas sei que eu sou meio maluco por comida, vide esse blog!

Per Se
Columbus Circle, Time Warner Centre, 4th Floor
NYC

4****
$$$$....