Eu acho que pode ser o fim de Santa Teresa o fato que estou achando que tem várias coisas boas e legais por lá. Sei que não sou o público padrão de lá, mas sempre tive um carinho especial pelo bairro, que é bucólico e deliciosamente antiquado. O Aprazível, o qual eu já tinha ido algumas outras vezes, é o símbolo de um charme que já existe há muito tempo. O bairro também recebeu nesse último mês um hotel de alto nível, com um restaurante chamado Tèréze, que a Luciana Fróes falou na semana passada e já está na minha lista. Mas voltemos ao que importa.
O Aprazível fica na Rua Aprazível, que é quase que escondida, o que torna a aventura ainda mais divertida. O restaurante fica em uma casa antiga, em uma pirambeira, como diríamos na Bahia. O acesso é complicado por uma escadinha que tenho certeza nenhum arquiteto desenharia, mas quando vc chega lá em baixo vc já nota que todo o esforço vai valer a pena. A decoração é rústica, com muita madeira e um design que privilegia a beleza da madeira mais que o conforto. Nós sentamos na varanda perto da bar, as mesas dos gazebos e da balaustrada são disputadas, mas as outras não são tão ruins assim.
Para começar pedimos drinks, a minha caipiroska de tangerina estava impecável, refrescante e leve como um sábado de sol pede. O mojito que o resto da mesa pediu também foi muito elogiado. Para entrada pedimos uma porção de pasteis de lingüiça rústica e queijo, com chutney de tomates, estava sequinho, saboroso e surpreendentemente leve. Além disso, pedimos um escondidinho de carne seca e purê de barôa que estava sensacional, a profundidade e suavidade da batata são a combinação perfeita da textura e sal da carne seca, acho que o aipim perdeu o posto para mim, de acompanhamento ideal.
Para os pratos a mesa pediu pratos diferentes, todos estama bons, mas não a altura do ambiente, entradas e drinks. O meu prato foi uma galinhada, com feijão de corda e banana da terra, estava saboroso, mas talvez um pouco caseiro de mais. O peixe da costa do maranhão com molho de laranha e arroz de coco estava muito bem executado, e a lasanha de cogumelos parecia especialmente saborosa.
O serviço foi especialmente desatencioso, exigindo que chamássemos atenção deles quase que toda a refeição. A experiência foi super agradável apesar do serviço, não sei se foram as companhias, o sábado de sol, a caipiroska, o ambiente, mas sai de lá tão satisfeito que tenho que ser justo e dar as estrelas que me vêem a cabeça. Pensando bem, pode ter sido o sol, eu fui para praia mais cedo, evento raro para esse baiano no Rio de Janeiro.
Aprazível
R. Aprazível, 62
Santa Teresa – Rio de Janeiro
Tel 21-2508-9174
3***
$$$$
ps: Aparentemente o Aprazível está passado por uma reforma, que pode ter comprometido a qualidade dessa refeição.
ps: O trabalho está intenso, desculpa aos 3 leitores pela falta de post.
5 comments:
Concordo com a crítica. Um ambiente agradavel como aquele exigiria uma comida mais do que surpreendente. Pedi um risoto de camarão que estava muito bom mas não à altura do local. Ou seja talvez, se o ambiente não fosse tão formidável, acharia meu risto mais saboroso.
Opa. O Terèze ainda não tive chance de visitar, mas pelo que me lembro do Aprazível as estrelas, todas as três, são mais do que merecidas.
Na verdade mesmo, a crítica do Aprazível me deixou curioso quanto a que companhias são essas, que fazem o programa ser tão bom que surge a dúvida sobre se a comida era tão boa quanto pareceu na hora. Bela caixinha!
Saud,
Ainda tenho algum controle sobre as minhas caixinhas! hahaha essa é de fato muito boa!
A
Mentira, caixinhas são todas incontroláveis.
Ah, e prefiro boas cias do que comer, hahaha.
Arth, sabe o que eu lembrei agora, muito hilário? Da nossa ida ao restaurante baiano do shopping baiano no dia 1 de janeiro desse ano, todos nós meio de ressaca ainda, eu mega enjoada pós viagemzinha de barco, e o garçom mais baiano do mundo pedindo a sua paciência com um sorriso giga no rosto e explicando que a casa estava sem um garçom, sem alguns cozinheiros, que ia demorar, te chamando de "meu rei", e você muito puto, mega baiano-que-deixou-de-ter-paciência-com-os-conterraneos, dizendo que tinha um voo em tal hora e etc etc. "Amigo, assim eu vou perder o voo!!!" acho que vc chegou a se levantar pra falar com alguem pra trazer seu sanduiche, hahahaha. E o restaurante, como tudo na Bahia, era de um amigo/conhecido seu.
Top2 histórias do ultimo reveillon de Salvador...
Baci!
Rach darling,
Essa caixinha eh interregiao... Mas jah descobri q estou perdendo o controle dela por causa da mckinsey! Shit!
Dito isso, essa historia eh de fato top do arthrtur 2007/2008. Gente aquilo me revolta na bahia. Normalmente eu levo numa boa, mas quando jah estou no caminho do aeroporto... Vou entrando no clima stress mercadinho... Ai jah viu.
Bjs
T
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