Friday, October 08, 2010

Um francês não tão francês

Quando apresentado a pergunta: qual é o melhor francês do Rio de Janeiro, com a exceção do Olympe, eu prontamente respondi: Le Pre Catalan, que tem um menu clássico francês de Cuisine, que deixa qualquer um impressionado. A Sua trilogia de Foi Gras é uma das melhores coisas que se pode comer no Rio de Janeiro. Mas fui questionado, porque não o Le Vin, ou até mesmo o CT Brasserie, no mesmo Troigos, que é dono do Olympe.

Resolvi então voltar ao CT com essa pergunta em mente, poderia eu estar subestimando um dos melhores restaurantes franceses da cidade. Ao chegar ao Fashion Mall, olhando de fora, eu me surpreendi, de fato a decoração é bastante francesa, com várias gravuras que nos remetem a Paris, um chão azulejado, com pé direito alto e ventiladores charmosos de madeira. As cadeiras e mesas pequenas não nos deixam enganar, estamos diante da clássica decoração de bistrô. Mas no final do salão, entre nós e a vista para o verde de São Conrado, eu vejo um forno a lenha, um pouco italiano talvez, mas quando noto: ele está todo assinado por celebridades, de fato estamos muito perto da Barra da Tijuca.

A carta de vinho me dá certeza que estou em um restaurante francês, com uma boa variedade dos “nacionais”, mas os preços altos em R$, não me deixam esquecer que estou no Brasil, estes estão ficando cada vez mais obscenos. Ao mergulhar no cardápio, uma das coisas que eu mais gosto de fazer em um restaurante é ler TODO o cardápio, noto logo nas entradas um Steak Tartar, Moules Marniere,várias saladas, tartar de peixe com abacate e outras coisas. Mas foi ao ler os principais que realmente me convenci que não havia a menor possibilidade do CT ser um francês. Os pratos de peixe não traziam nada especialmente francês, as Bruschetas cariocas – Ahhh o forno a lenha – também não. Mas a seção de carnes era um menu estilo gula gula, seu grelhado mas acompanhamento.

Optamos por começar com um steak tartar e moulles. Boas escolhas: o steak tartar estava leve, com a dose certa de ovo para o meu paladar e com claras levemente cozidas. As torradinhas que acompanhavam estavam também uma delícia. Os moulles eram enormes e gordos, com um molho que estava um pouco carregado na manteiga para ser apreciado sozinho, como a colher de sopa sugeria, mas não chegou a atrapalhar o moulles.

Nos pratos principais eu fiquei com o um clássico Croque Monsieur que estava gostoso, com sabores equilibrados, mas um pão um pouco farinhento, veio acompanhado de uma salada verde com um vinagrete de mostarda – isso os franceses sabem fazer como ninguém – e batatas fritas, que me deram a impressão de ser congeladas e não estavam nada de especial. Meu companheiros ficaram com um dos peixes, com molho de limão siciliano e tomates confit, o molho estava excessivamente forte e o peixe levemente sem sal. O último prato foi um magret de canard que tinha um molho de canela, e pêssegos que estava delicioso, a mesma saladinha verde, com batatas gratinadas que estavam saborosas.

Para sobremesa, junto com a nossa segunda garrafa de vinho, pedimos o Mille Foglie, que é 3 leves biscoito com um chantilly e morangos e calda natural deste. Leve e saboroso o creme podia ser um pouco mais encorpado para ser mais francês. Sem dúvidas os pontos fortes do restaurante estavam nos pratos mais clássicos, nossos desvios nos mostraram isso. Vai ver que se vc se ater a apenas essa parte do cardápio o restaurante é até melhor do que o conjunto da obra.

CT Braserrie
Fashion Mall
Rio de Janeiro

2**
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Ps: Já estive outras vezes lá que estiveram melhores, por isso já tem um outro post aqui, com observações mais elogiosas.

Tuesday, September 14, 2010

Trufas Frescas na Osteria dell`angolo

A vida tem coisas maravilhosas, na minha opinião, uma boa parte delas é de comer! Mas talvez por isso eu gaste quase todo o meu tempo livre falando, quase que sozinho, sobre comida aqui. Esta semana tive o privilégio de comer um jantar com trufas negras frescas, italianas, trazidas por um amigo que conseguiu passar pela alfândega, apesar do perfume enlouquecedor que elas têm. Mesmo após quase uma semana de colhidas, as trufas ainda estavam especialmente aromáticas, com toques térreos e uma suavidade incrível.

Acabamos indo no Osteria dell`Angolo, uma clássico da cozinha italiana no Rio de Janeiro. Começamos com os antipastos da casa, que são na minha opinião o melhor couvert do Rio de Janeiro. Torradinhas sequinhas, uma focacia leve e saborosa, o pão italiano poderia ser um pouco melhor, achei que estava esfarelando de mais e sem a casca crocante. Mas as estrelas são as bandejinhas de delicias: como a conserva de berinjela, que tem pedaços grandes e macios, envoltos por um molho suave e viciantes. A “caponata” de legumes também é muito gostosa. Pausa para a lasanha de berinjela, que poderia ser o meu jantar em condições normais. O mix de lula, camarão e polvo é leve e suave, como deve ser. Sem dúvidas vc pode ficar somente nesses antipastos e em uma bela garrafa de vinho.

Mas a estrela da noite era a trufa, que de fato merecia o posto. Para o primo piatto comemos um tagliatelle de manteiga e trufas, que era a definição de simplicidade, a massa estava cozida no ponto certinho, era uma deliciosa massa fresca, o molho era como devia ser sedoso, com as notas térreas da trufa, que servem como um acalanto. O segundo prato foi uma vitela ao molho de trufas, com uma polenta branca, firme com trufas frescas. A carne estava macia e fazia um bom contraste com a polenta, o molho mais pesado da carne equilibrava bem com o sabor sutil da polenta com as trufas. Apesar de ter tanta trufa não era nada enjoativo, em parte porque o ingrediente fresco é incomparável com o azeite trufado que está presente em tantos pratos. Sem contar que o after-taste da original desaparece de forma suave da boca, enquanto o azeite trufado deixa um esquisito gosto metálico. Para completar os chefs tendem a exagerar nas doses do azeite, que só torna os pratos mais enjoativos. Mas o ingrediente fresco é como uma brisa fresca após uma tarde de sol na praia: presente, marcante, porém sutil e não palpável.

A harmonização não pode ser melhor uma combinação de Brunellos e Barbarescos de fazer inveja em qualquer aficionado por vinhos. O jantar foi espetacular em grande parte devido ao ingrediente, mas não posso deixar de dar créditos a execução muito bem feita do restaurante, que além do melhor couvert do Rio, conseguiu entregar um jantar memorável. Vou voltar lá, para poder experimentar mais pratos e poder entender se demos sorte ou se é aquilo tudo mesmo.

Osteria dell`Angolo
Rua Paul Redfren, 40
Ipanema – Rio de Janeiro
Tel 21-2259-3148

Wednesday, September 08, 2010

Astor - Um belo bar, onde se pestica bem!

O Astor está se tornando um dos meus bares favoritos, em parte porque a música é muito boa, mas também porque não só os drinks são gostosos, como até hoje tinha comido muito bem por lá. Para um bar que se vende como muito boêmio, acho que fechar as 3:00 am, um pouco cedo para uma cidade onde há o baixo Leblon, que até as 6:00 ainda est está funcionando. Mas poucos lugares são tão charmosos como lá, em uma esquina privilegiada, o Astor traz a eficiência paulista a paisagem natural carioca, que é imbatível.

As filas quilométricas, quase a a qualquer hora que você vá, deixa claro que o bar caiu nas graças dos cariocas, talvez em parte a toda dedicação dos donos de se carioquizar, com quadros de bares antigos cariocas, e com algumas alterações no menu, o Astor é um sucesso. Neste final de semana, fui almoçar em um final de tarde lá, para finalmente sair do aspecto bar, onde só comia petiscos e finalmente comer de verdade. Infelizmente, acho que me decepcionei, com a comida.

Para entradas pedimos os deliciosos pasteis, sequinhos bem recheados e saborosos, com um pouco de pimenta, vira o casal perfeito para uma das melhores capiriroskas que já tomei na minha vida. Os bolinhos de arroz, me lembraram do San Martin, meu finado bar favorito, sequinho por fora e crocante, com uma textura quase cremosa interna, acho que além do sushi, a minha forma favorita do arroz. Para finalizar a mini porção de rabada com polenta e agrião. Esta vem uma mini panelinha, com um gratin da polenta que cobra a porção geneorsa da carne desfiada, o sabor da carne é impressionane, poderoso e meloso ao menos tempo. Acho que poderia ter um pouco mais da polenta, para que o contraste de texturas fosse até o final da panela. Esse é um prato para repetir!

Nos principais pedimos um picadinho, que vem com uma porção enorme, o pastel é quase a melhor parte do prato, junto com a gostosa banana a milanesa, cremosa e sequinha. Achei a carne um pouco sem gosto, sem a profundidade que o prato pede, aquela sensação que foi cozido em uma panela por horas. Realmente esperava mais, depois da rabada. O meu prato foi Alheiras, uma lingüiça feita de pão e alho frita, com fritas e ovos fritos, a “lingüiça” estava até interessante, mas as batatas estão sem crocância, acho que acabou por comprometer o contraste dos sabores. Por fim, pedimos um arroz de brócolis, tomates e camarões, um clássico carioca, mais uma vez acho que faltou aquele sabor profundo de cozimento lento, achei q faltou sabor. Para sobremesa apenas um gostos pavê foi pedido e aprovado pela mesa.

O ambiente, os drinks e os petiscos vão me fazer voltar inúmeras vezes. Ainda por isso, vou voltar para comer lá e provar outros pratos. Talvez a culpa tenha sido das minhas expectativas, mas sem dúvidas pela fama e tradição da casa, acho que poderia ser melhor.

Bar Astor
Av Viera Souto, 110
Ipanema
Tel 21-2523-0085

2**
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Wednesday, September 01, 2010

Beth - Comida caseira de verdade, mas a preços paulistas

Começo fazendo um disclaimer que não fiquei, de uma hora para outra, menos crítico, mas apenas que estou revisitando os meus restaurantes favoritos desses tempos sem blog, esses sempre foram a razão que eu escrevi por aqui, são as boas refeições que me inspiram para escrever.

Essa semana eu fui a um almoço despretensioso de terça-feira no Itaim em São Paulo. Quando isso acontece, não me resta dúvidas em relação a qual restaurante ir, Beth Cozinha de Estar. Em uma pequena casa, no bairro nobre do Itaim, este é um restaurante que possivelmente partiu de um sonho de uma cozinheira de mão cheia, de servir uma comida caseira e saudável para os empresários e funcionários do bairro, no entanto, a qualidade e a consistência de sua comida são tão espetaculares que virarão quase que um culto a comida caseira.

Não me parece que há a pretensão de seguir uma tendência de “Confort Food”, como o Mian Mian faz no Rio, mas simplesmente fazer comida bem feira, com ingrediente de primeira. A casinha que já dobrou de tamanho e triplicou de preços, para que a demanda diminuísse e qualidade não caísse, é simples tem uma decoração branca, com painéis de fotos de saladas, serviço ágil e atrás do balcão sempre a Beth ou sua neta, dando saborosas explicações do que estamos prestes a comer.

O menu muda muito, mas é sempre bom. Há lá um dos melhores picadinhos que já comi, mas nunca mais dei sorte de achar no Buffet, que sempre começa com uma vistosa salada verde, ou uma leitura da grega, que vc pode salpicar uma deliciosa granola salgada. Desta fez também tínhamos a opção de um tabule que estava delicioso, sequinho e com os tomates crocantes. Além disso, comi uma deliciosa berinjela assada, com uma fina fatia de tomate e queijo mozarela, coberto com uma leve farofa de pão puxada na manteiga, as texturas cremosas dos legumes e queijos, contrastavam com a farofa, que quase dissolvia na boca.

O filezinho de peixe a milanesa me lembrou o que sempre comi na minha casa na Bahia. Peixe branquinho e fresco, com uma capinha, seca que quase q descola da carne. Havia ainda a opção de um strogonoff de frango, com batatas palhas feitas lá mesmo, crocantes e douradas. Por fim, eu provei o Kafta, quase pequenos hamburgers, ainda úmido por dentro, com um leve molho de Iogurte e hortelã, que acompanhava um arroz de lentinha e cebolas douradas, de fazer inveja a qualquer árabe. Mas na verdade não há como sair de lá sem comer o feijão mulatinho, que tem um caldo espesso e cremoso quase, com gosto de abraço de avó.

Sem dúvidas vc acaba comendo mais que vc gostaria, dado que tudo tem uma aparência deliciosa e de fato tudo é, portanto chegar a sobremesa é uma tarefa que quase nunca atinjo. Se vc tiver coragem pode pedir um dos deliciosos picolés Dilleto, ou um brigadeiro de colher – há coisa mais casa de vó do que brigadeiro de sobremesa? Eu normalmente acabou pedindo um café e me satisfazendo com um pequeno cubo de bolo de cenoura, que o acompanha.

As filas lá são um testemunho da qualidade da comida da Beth, seus clientes são fiéis a comida saudável. O preço de R$ 50 reais pelo almoço, parece abusivo, mas pela qualidade da comida, ouso a dizer que não é, com o antigo preço de R$ 32 as filas eram intermináveis e qualidade acabava sendo comprometida, esse foi o equilíbrio de mercado. A razão do sucesso em uma cidade como SP, só pode ser a busca por algo que nos lembre de onde nós somos, em um mar de restaurantes franceses, italianos e japoneses, a única coisa que não havia no Itaim era um caseiro, de qualidade.

Beth Cozinha de Estar
Rua Pedroso Alvarenga, 1061
Tel 11 - 3073-0354

Monday, August 23, 2010

Primeira Pá - China de verdade, um pouco mais perto!

Comer comida étnica não é uma tarefa muito simples no Rio, apesar da profusão de restaurantes japoneses, a maioria das culinárias é muito mal representada na capital carioca. A culinária chinesa é uma que não necessariamente é pouco representada, mas sim mal representada, a profusão de China in Box style onde a comida é sempre excessivamente doce e os ingredientes não necessariamente frescos não é exatamente um bom embaixador. Há aqui dois representantes mais fidedignos, o pirotécnico Mr. Lan e o escondido Primeira Pá! Nenhum dos dois pode ser considerado exatamente barato, mas ambos mostram um pouco mais do que a rica culinária chinesa tem a oferecer, a verdade é representar a culinária chinesa, é muito diversa, portanto, para ser mais honesto estes são uma representação da comida cantonesa.

O Primeira Pá fica no bairro da Tijuca, no Centro de Cultura da Imigração Chinesa, a maioria das pessoas no restaurante são chinesas matando a saudade de casa, o que é um ótimo sinal. Ao entrar no restaurante tive a impressão de estar entrando na China, dada a decoração e a língua mais usada, o chinês. As tolhas douradas, as grandes mesas redondas com plataforma redonda que giram, são o mais próximo que já vi da China por aqui. O cheiro duvidoso e os banheiros incrivelmente sujos, também são uma representação justa do país.

Para entradas podemos comer um delicado guioza, que vem com um recheio de carne de porco e alho poro, que são delicados, como os dim sums são na China. Mas o meu favorito é um pão no vapor, com recheio de porco agridoce, a massa é branquinha e meio puxa, com um gosto leve, o recheio pequenos cubos de porco, adicionam bem com textura e sabor. A culinária chinesa pode parece excessivamente “sem gosto”, para os nossos paladres, mas na verdade é a delicadeza de alguns de seus pratos que é o grande destaque.

Para prato principal sempre peço o delicioso Pato laqueado, que é exatemente o que torna a refeição mais cara. Recebemos a mesa leves panquecas feitas a base da arroz, um espesso molho adocicado, cebolinha e pepinos frescos, e uma generosa porção de peito de pato, coberto pelos pedaços de pelo, brilhantes e doces, que se dissolve na boca rapidamente. Devemos montar manualmente as panquecas e comer, o frescor dos verdes com a carne de pato e a pele crocante é uma das combinações mais gostosas que conheço. O de lá não é o melhor que já comi, mas é sem dúvidas um exemplar respeitável. Além disso, já pedi um deliciosa macarrão, uma carne com shitake e bambu, e um deliciosa arroz colorido, que me fez repensar a minha idéia de nunca comer arroz.

As sobremesas predominantemente de doce de feijão, são fidedignas, mas meu paladar não alcança. O serviço é oscilante mas incrivelmente simpático, alguns dos garçons não falam português, que dificulta um pouco a comunicação. Como de hábito na China, não se traz todos os pratos de uma vez, portanto, nesse aspecto acredito que nós ocidentais podemos ficar um pouco perdidos. Se vc vai até lá comer, faça com eles, peça vários pratos e deixe o caos da China fazer sua tarde mais alegre.

Primeira Pá
Rua Gonçalves Crespo, 450
Tijuca – Praça da Bandeira
Tel – 2293-2653

3***
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Tuesday, August 17, 2010

Argentina Assado - Sorry my fellow Brazilians....

During many many years while I was growing up and hosting all my foreign friends in Brazil I told them a lie. I use to affirm with great certainty that they should enjoy the great meat of our barbecues, since that was as good as it gets. I hope they will all forgive me since this was a mix of naiveness, ignorance and the typical 3rd world patriotism, where despite of all we believe that we are good with food. A couple years ago I started to eat more frequently the Argentine assado, their version of the barbecue! Oh lord!

I might be completely overwhelmed by the hospitality of my wonderful argentine hosts the Ayams, but the truth is that after eating with them, I was convinced that being a vegetarian is a non option. There is a kind of religious ritual in order to appreciate the meat in a assado. Differently from us, the time that the meat will come out is mandatory to determine what time it will start. The other major difference is the barbecue itself, while we use as everyone else in the world I guess, the very deep barbecue, they use basically a flat surface, with a grill that is liftable by a leverage on the side, the chalk will have to be distributed with a precision of nuclear weapons since the meat is soo close to it. This allows them to control to what temperature the meat is exposed, enabling to get very different textures for different cuts.

An assado at the Ayams is a great garden event, while Robby our untirable "assado man" takes care of the meat, the wonderful Hilda is preparing an array of salads to serve as sides for the meat, another great thing about their approach to barbecues, no heavy triple carbs like us that will eat farofa, rice and potatoes on top of the meat! This would overshadow the main star of the party!

To start and accompany our wonderful Malbec bottle why not start with a delicious choclo empanada, a delicate pastry filled with corn and onions mix that is sweet and tangy, of even a beef empanada with some eggs and olives cooked for a long time, so it has this juicy deep taste. The actual barbecue it always start with the chorizos, which its sliced in half and put back in the grill, that dries up some of the fat and gives a extra crunchy texture. There are several cuts in a typical assado, these time we moved on for a pork fillet that had a thin layer of fat, that was so juice and moist that it almost did not look like pork, these cut is barbecued on one of its side only so its like the bottom holds all its deliciousness. Then we moved to the pork ribs, that came out easily of the bones, and the little burned parts had that smoky feeling, that only a good chalk barbecue can have.

The star of the meal in my opinion is the Lomo, the fillet is spectacular, despite the lack of natural strong taste of the meat, our meat genius Robby, uses a great technique. He puts a big frying pan directly on to the fire, and drops some of his farm made sweet olive oil, the lomo is then seared very briefly in order to keep its juices inside. It goes back to the grill until its ready to served with a spoon, cause at this point a knife is unnecessary. As sides for all this there a great abundance of salads, a wonderful salsa that reminded me of our version of vinagrete, but with more red and yellow peppers, more finely chopped, and a bit sweeter. But the star of this part was the Guacamole, I did not even like avocados until then, but the creaminess of the avocado and its richness would balance the savory taste and texture of the meat. One thing that it was common across all the cuts served is the different amount of salt used compared to us, they use a similar salt as fleur de sel, that although it does not lets you miss the salt, it also does not make you go in state of thirsty, that only 2 liters of cold bear will save you. Maybe that explains why the wine goes so well with the assado and not with the churrasco.

The desert can be the infamous brownie and dulche the leche pie, that make me wish I liked chocolate! But why not a dulche the leche tentacion, from Fredo, the ice cream that is half ice cream half actual dulche de leche. Followed by wonderful spresso and Malamado, a version of the port wine made with malbec grapes, that is less sweet and still quite powerful. The experience is a full one and makes u wonder, why the patriotism when a flight away u can find all that, sorry gringo friends for all the lies

Monday, August 16, 2010

Marcel - Comida espetacular e desambientada

São Paulo nunca deixa de me impressionar, muitas vezes porque projetos incríveis aparecem como o Kaa que o ambiente é espetacular e milhões são investidos, mas a comida deixa a desejar. Este final de semana, me deparei com a situação exatamente oposta, comi em um restaurante que me fez suspirar e querer mais, apesar dos 8 pratos, mas o ambiente era completamente desconectado da comida. O Marcel fica em um hotel desses meio baratos, no Jardins, que tem um público meio misturado de nordestinos de meia idade e pessoas do interior do estado. O público do restaurante é parcialmente dominado pelos hóspedes e por amantes dos tradicionais suflês que são o antigo carro chefe de casa. No entanto, nada disso tem a ver com o desfile de pratos que o menu degustação oferece.

Ao chegar o atendimento é um pouco confuso, mas uma vez q eu fiz a escolha pelo menu degustação o Chef Rafael Despirite passa a controlar com precisão cirúrgica o timming dos pratos que vem como um balé a mesa, seguido de uma envergonha explicação sobre o que está diante de nós, dada pelo próprio chef. Para começar um incrível Foie Gras selado com uvas congeladas com cachaça, a brincadeira de texturas e temperaturas é um sucesso retumbante, deixando a melosidade do Foie Gras ser balanceada pela notas agudas da uva e cachaça. O segundo prato um carpacio com molho defumado é uma surpresa engraçada, dado que as texturas são de carne crua enquanto o sabor lembra uma carne longamente defumada.

Para o terceiro prato o chef trouxe para mim o grande destaque da noite: um camarão em ponto de cocção perfeito, com uma textura tão leve, com molho de açafrão e um tagliatele feito de finas fatias de cenoura que estava al dente. Passamos para um peixe (dourado?) que era assado inteiro e depois cortado em pequenos quadrados, servido sobre uma maionese que usava como gordura os sucos do próprio peixe e algumas ervas do jardim do chef, como jambú fresco. O prato talvez tenha sido o que menos se destacou para mim, a maionese era muito leve e saborosa, e balanceava bem o peixe q estava um pouco “peixoso” de mais para meu paladar.

De um chef muito orgulhoso recebemos um suflê de gruyere, receita do avô que explica porque o restaurante é conhecido por esse prato, estava na textura ideal com o sabor pujante do queijo, mas a leveza do suflê. Após isso, ainda havia espaço para uma deliciosa costeleta de cordeiro, mais uma vez, no ponto certo, acompanhada de um purê de batata doce frio e um azeite com tapenade. Um prato simples, mas tão bem executado que mereceu ser devorado. Ainda havia espaço para mais, a surpresa para os olhos eram os fios d´ovos, mas ao colocar na boca uma deliciosa sorbet de manga. Segundo o chef, ele simplesmente congela a manga e passa por um ralador, a simplicidade que leva a surpresa.

Ainda comemos um queijo parmesão com redução de balsâmico, que foi seguido finalmente por um suflê de cupuaçu e sorvete de creme. O suflê estava delicado como o a fruta é, com um sabor sutil que ela completado pelo sorvete. O jantar foi sem dúvidas uma grande surpresa, não só pela idade do chef, mas principalmente porque tive a clara sensação que ele está no restaurante errado, tanto do ponto de vista do serviço, quanto do ambiente. Mas para quem gosta de boa comida, pelo preço cobrado, esta é uma experiência imperdível em São Paulo.

Marcel
Rua da Consolação 3555
São Paulo
Tel – 11- 3064-3089

3***
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Friday, August 13, 2010

Venga! – e nunca mais deixe de voltar

Esse tempo de blog parado foi de descobertas e de vícios! E como era de se esperar na minha volta não posso deixar de falar das minhas refeições mais recorrentes. O Venga! no Rio é uma dessas descobertas incríveis q eu nunca canso de voltar. Quando quero uma coisa rápida, porém, saborosa é para lá que eu vou, vale ressaltar que só fica rápido depois que vc senta em uma das mesas mais concorridas da Dias Ferreira. O local é bem pequeno com no máximo uns 25 lugares sentados, mas eles já até servem algumas coisas na calçada para fazer a espera menos dolorosa.

No Venga quase tudo é muito gostoso. Não tem nenhum elemento extremamente criativo, dado que é uma casa de tapas q segue a risca as receitas mais tradicionais da Espanha. Mas quando a execução é tão bem feita, o restaurante salta aos olhos. Eu sempre peço o novo Croqueta de Paella, que é um bolinho de arroz, com queijo gruyere derretido dentro, espetado em cima dele esta um camarão terno, com aquele gostinho de chapa! A combinação do queijo q explode com o arroz e a croncância do bolinho são incríveis, sabores sutis que deixa o camarão aparecer.

O meu prato favorito é um delicioso polvo a la galega. O polvo vem na textura perfeita, macio, mais uma vez com aquele gostinho levemente queimado da chapa. As batatas são pequenos pedaços cozidas al dente, com páprica envolta delas. A textura do polvo com as batatas é impecável e esse prato fez vários amigos que não gostam de polvo gostarem. Eu tb adoro a tortilla de batatas que é um clássico espanhol e lá não deixa a desejar. As lulas fritas vem sequinhas com uma casquinha que se desfaz na sua boca, com um delicioso molho leve, impossível comer uma só.

Já comi uns sanduíches lá, mas nada que tenha me marcado tanto quanto os pratos acima. Para finalizar não deixo de pedir os Churros que vem com uma calda de chocolate que meus amigos chocólotras adoram, mas eu como apenas o Churros. Além disso, uma boa carta de espumante e duas deliciosas opções de sangria completam a minha noite sempre no Venga. Não para não volta.

Venga
Rua Dias Ferreira, 113
Tel – 21- 2512-9826
Rio de Janeiro

3***
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Wednesday, August 11, 2010

Bottagallo - Para fazer a Nonna suspirar

Ao longo dos últimos meses fui algumas vezes ao novo empreendimento da Turma do Braz, o Bottagallo, uma casa de “tapas” italianas que faz qualquer nonna suspirar. O restaurante tem alguns componentes incríveis: serviço rápido, chopp espetacular e o mais importante comida de primeira. Eu tenho certeza que não sou o único a achar isso, uma vez que as filas beira o intolerável, chegar depois das 21:00 torna o programa um tanto menos agradável.

O menu é dividido em seções sendo que as últimas que são macarronadas e carnes eu nunca cheguei perto. Sempre fico nas pequenas porções para dividir, que acredito que é onde está o forte da casa. Para começar, sem dúvidas recomendo a Scarpetta uma simples tigela de molho de tomate, a minha preferida ainda vem incrementada com uma calabresa rústica. O molho é profundo e aveludado, pouco acido e com uma textura incrível. Este vem acompanhado de dois tipos de pães que podia vir mais quentinhos, mas na casa dos italianos o pão também é servido assim, portanto, acho perdoável.

Sempre peço um plim no quardanado, uma massa simples e recheada com uma carne que tem o gosto de um longo cozimento, a massa é sequinha, servida em um guardanapo, perfeito para uma mesa grande e uma boa taça de vinho. Além disso, o Ovo Guido é sempre uma boa pedida, um ovo com cozimento lento que tem uma leve gema sobre um molho de trufado q está longe de ser enjoativo como nos outros lugares, para completar, uma deliciosa torrada super crocante, que brinca com a textura do ovo.

O meu prato favorito é o Gnocchi Dourado, que é o melhor que já comi. A massa excepcionalmente leve, com um gostinho distante de manteiga queimada, acompanha uma ricota fresca, rúcula e cubos de tomate. O contraste frio da salada com o morno gnocchi é espetacular. O ponto alto sem dúvida é a massa que me faz sempre comer mais do que deveria. O outro destaque é a costelinha de porco que solta do osso com facilidade e tem um sabor super intenso. Já provei vários outros pratos, sendo a Lula o único q eu não recomendaria, com um molho muito ácido e o molusco um pouco cozido em excesso, essa foi a minha única decepção.

Por fim, a panacota é outro primor, leve e saborosa é o ponto final perfeito para uma refeição lá. O serviço é estilo Braz, rápido e informal, entrega sem encantar a não ser pela agilidade. As sugestões dos garçons nunca são os meus preferidos e simplesmente desisti de escutar eles. Por fim, o ambiente é muito gostoso, bem informal com talhes em copos e muita madeira, fazendo com que fique bem aconchegante. Os preços não são exatamente baratos, mas vale pela qualidade da comida.

Bottagallo
R. Jesuino Arruda, 520
Itaim Bibi
Tel - 11-3078-2858

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Wednesday, July 28, 2010

Orienthai - Meu novo vício, mas não é restaurante.

Há quase um ano atrás a vida foi complicando a preguiça foi batendo e eu fui ficando sem tempo nenhum de escrever. Este blog sempre foi uma diversão para mim e nos últimos meses tenho sentido falta de falar aqui sobre comida. Então decidi q vou tentar voltar a escrever, talvez com um pouco menos freqüência do que já escrevi um dia, mas sem vergonha de postar algo novo por mês. Afinal de contas, ainda tenho uma série de pessoas q me pergunta: “ E seu blog, parou foi? Pq?”

Para voltar a escrever eu escolhi exatamente um não restaurante, mas sim um serviço de entrega de comida que tem me trazido, ultimamente, muita felicidade. Eu, às vezes, sonho com chegar em casa e pedir a comida oriental do Orienthai – que já foi chamado de Orient Express, q eu achava um nome melhor. Orienthai serve comidas do sudoeste asiático, Índia, Paquistão e redondezas. O cardápio é didático e muito bem explicado e conta com uma série de opções.

Das entradinhas o samosa de carneiro e legumes vem com uma massa sequinha, cheios de recheio, quase uma refeição. Vem com um tempero leve, talvez adaptado para o nosso paladar ocidental, acompanha um leve chutney de manga, que podia ser um pouco menos industrializado, mas fica bem, balanceado o sabor das samosas. O Onion Bhajee é um bolinho de cebolas empanadas que perde um pouco da sua crocância devido a entrega, portanto, sendo o que menos recomendo das minhas aventuras.

Os pratos principais, que provei, todos são gostosos. O grande destaque vai para o Panaeng Beef Curry que é um ensopado de tiras de carne, com um molho levemente picante, amendoins torrados e nirá. O prato é suave graças ao leite de coco, meloso mas com a leveza do nirá o prato é um convite a comer mais. Sempre uso muito do delicioso molho de pimenta fresca q eles mandam para aumentar ainda mais o contraste da melosidade do leite de coco com o ardor da pimenta. Para acompanhar qualquer prato eu sempre peço o pão paratha, que é feito na chapa, uma fina folha de pão semi crocante q serve de ajuda para os meus Hashis, depois para raspar o delicioso molho.

Nesta semana eu provei, por recomendação de um amigo dado que estava viciado no prato acima, o Murg Korma um ensopado de cubos de peitos de frango, com molho espesso a base de iogurte que suaviza o curry, ainda tem um toque de castanhas de caju que fazem contraste com a suculência do frango. Mais uma vez o molho de pimenta completa bem o prato.

Nunca comi sobremesa lá, até porque as porções são enormes e normalmente como em duas parcelas. O serviço pode melhorar ainda um pouco, apesar do atendimento ser educado e simpático a entrega as vezes demora um pouco mais do que o aceitável. Por fim, os preços, se vc considerar a qualidade e que dá para repetir ou dividir, são bem aceitáveis. O ambiente da minha casa, esse nenhum restaurante bate. Mas bem que o Orienthai podia colocar umas mesas ali na San Martin, com certeza viraria habitué.

Orienthai
http://orientxpress.com.br/
Tel 21- 2512-3592

3***
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