Monday, October 27, 2008

Vecchio Sogno - Quem disse que a boa comida mineira é pesada!?

Lá estava em eu em BHZ, querendo comer uma coisa ligth e leve e pensando que isso não era possível. Pensava que para comer bem em Minas Gerais era preciso me render ao belo prato de feijão tropeiro, ou alguma coisa do gênero, ledo engano meu. Fui almoçar no Vecchio Sogno em Belo Horizonte e que grata surpresa. Este é um restaurante Italiano em uma das muitas ladeiras da capital mineira, meio escondido de baixo de um prédio grande que me foi dito que era a Assembléia Legislativa Mineira.

A decoração é simples, com muita madeira e cores sóbrias, combina com o tipo de menu que nos foi apresentado. Como todo parece como qualquer bom restaurante das grandes metrópoles, chic e sóbrio. Por ser almoço optamos pelo menu executivo, uma ótima opção para quem quer experimentar a culinária dos bons restaurantes sem gastar o preço do menu normal. A nossa opção foi pelo carpaccio de surubim e salada verde, estava fresco e leve como deveria ser, com notas cítricas devido ao vinagrete.

Para o prato principal ficamos com um Peixe grelhando – San Pierre –, com molho de Vongole, acompanhando de purê de duas batatas (inglesa e barôa) que era intercalado por um espinafre salteado no azeite. O peixe estava leve e sequinho sob o molho que era marcante com o gosto que Vongole deve ter, mas sem sobrepor a suavidade do peixe, o molho não era cremoso ou em excesso, o suficiente para acentuar o fresco sem dominar o prato. Os purês de batata estavam divinos, profundos e cremosos com a nota aguda do espinafre salteado ficava uma combinação quase perfeita.

Ficamos sem sobremesa apenas o restinho de nosso ótimo Soave de Veneto, que estava com um preço super justo, e dois spressos bem tirados. O serviço foi super atencioso sem exageros, sem dúvidas uma experiência que gostaria de repetir.

Vecchio Sogno
Rua Martim de Carvalho, 75 - Santo Agostinho
Belo Horizonte - MG 
Tel: (31) 3292-5251

3***
$$$

Fogo de Chão - Uma bela Refeição

Almoçar em churrascaria nunca é um programa que eu me animo, sempre acho o serviço corrido, a comida mediana e o ambiente confuso de mais para tornar uma refeição agradável. Mas tudo é diferente quando estou falando da Fogo de Chão, de Brasília, não posso opinar sobre as outras filiais, mas se esta servir como parâmetro, não perca seu tempo – e dinheiro - indo nas outras churrascarias. A experiência é memorável e todas as vezes que vou à capital federal eu fico ansioso para o meu almoço lá.

Certa vez eu li no livro escrito por uma garçonete do Per Se (um dos melhores restaurantes de NYC), que o atendimento perfeito é quando o cliente não precisa nem pedir, o garçom praticamente lê a mente do cliente. Esta é a única maneira que eu tenho para descrever o balé dos garçons da fogo de chão. Ao fazer a linguagem corporal de que ia me levantar, havia alguém para puxar minha cadeira. Quando caminhava em direção ao Buffet de saladas, havia alguém para me entregar meu prato. Quando minha água estava acabando, havia alguém completando o meu copo, mas não de maneira intrusiva como de costuma ser em churrascarias.

O Buffet de saladas tem várias opções com coisas frescas, saborosas e de boa qualidade, além disso, logo de entrada tem uma polenta frita que é muito crocante por fora e cremosa por dentro. Há para acompanhar um molho chamado chimichurri, que é a base de vinagre, salsinha e alho para acompanhar a carne, que é tradicional na Argentina.

Há uma grande opção de carnes, mas tenho que admitir que não sou um super especialista. Os melhores cortes para o meu paladar são a clássica picanha, e o miolo de contra filé, ou bife ancho, que estava muito macio e saboroso. Mas o grande destaque da casa é sem dúvidas a costela de boi, que é assada por horas na brasa e vem macia, se desfazendo, até despensa o uso de facas. Eu sonho ao pousar no aeroporto de Brasília com o gosto poderoso, profundo e aveludado desta carne.

Se eu desse 5 estrelas a churrascarias rodízio, com certeza, ela levaria. Mas não acho que o sistema de rodízio, merece entrar em um rol de restaurantes que eu considero refeições sublimes e mágicas. O fato de você sempre sair tendo comido mais do que você deveria, é um problema no esquema do restaurante. Com isso, eu digo, se você gosta de churrascarias aqui está a sua escolha.

Fogo de Chão
SHS Quadra 5,
Bloco E - Asa Sul
Tel: 
 61 – 3322 - 4666
Brasília

3***
$$$

Publicado originalmente no Comensais - www.comensais.com.br 

Aquim - Uma boa e cara promessa do Leblon.

Neste final de semana fui experimentar o Aquim, o novo restaurante do baixo Leblon, que tem uma decoração e preços no cardápio que me lembram o tempo do mundo quando não tínhamos crise, mas vamos lá sem neuras do mercado financeiro. O restaurante fica na Ataulfo de Paiva, rua principal e movimentada do Leblon, mas é muito charmoso com uma decoração escura em tons de marrons, dourados e roxos profundos, talvez pareça mais paulista que o Rio de Janeiro permite, mas não cheguei a achar ruim, apenas muito escuro para um domingo ensolarado.

A família Aquim já é conhecida no Rio de Janeiro pelo seu Buffet que faz a alegria das dondocas que gostam de receber, mas não tanto de cozinhar. Eles começaram como uma loja/Butique de doces a meio quarteirão de onde é o atual restaurante. As suas receitas são simples mais com ingredientes de qualidade, imagine que a criatividade dos Chefs foi limitada muitas vezes pelo fato de os comensais estarem em pé, então as coisas são simples na forma e complexas nos sabores.

Fomos apresentados ao um menu diurno que tem 4 opções de fórmulas, como prato principal e sobremesa, ou prato principal e entrada, a preços relativamente acessíveis. Como tinha lido no blog da Contace Escobar – Pra quem quiser me visitar – sobre os mini queijo quentes, pedi o cardápio normal. A diferença de preços me assustou um pouco, não que a opção diurna seja barata exatamente, mas o cardápio completo para um restaurante do estilo do Aquim, achei um pouco salgado. Pedimos os Mini quijos quentes de entrada e adicionamos a isso a fórmula de prato principal e sobremesa. Os mini queijo quentes são realmente divinos, pequenos e com um leive queimadinho da torrada com o gosto de terra das trufas da manteiga.

Para o meu prato principal optei pelo peito de frango grelhado com couscous marroquino, que é um desses acompanhamentos que me fazem escolher o prato simplesmente para comer ele. No entanto, para a minha decepção a cozinha se atrapalhou e mandou uma quinoa, sorte deles que também adoro quinoa, ao ser indagado por um dos Aquim informei que apesar de delicioso o prato não era o que tinha pedido, mas sem maiores problemas. A minha amiga pediu um escalopinho com purê de batata baroa que estava muito bom.

Para a sobremesa fiquei com o Romeu e Julieta Aquim que é um creme de goiabada com uma cobertura de queijo gratinado, estava gostoso, porém o meio estava frio, que não chegou a estregar o prato, mas acho que o gratinado merecia mais 2 minutos. A carta de vinhos era tão cara quanto o menu noturno, tornando o programa de domingo a tarde com um vinho branco, mesmo com o menu diurno uma brincadeira cara. Apesar das falhas a casa ganhou a minha simpatia ao final não cobrar o meu prato, dado o erro da cozinha, sei que é o mínimo que ele deveria fazer, mas não deixou de me deixar com vontade de voltar por lá.

Aquim
 Avenida Ataulfo de Paiva, 1321
 Leblon - Zona 0 - (21) 2274-1001

2**
$$$

Friday, October 24, 2008

Yemanjá - Moqueca como deve ser

A Bahia tem uma cozinha tão diferente do resto do Brasil, que como baiano, compartilho da preocupação dos Chineses sobre a capacidade dos críticos do Michelin conseguir avaliar a comida local com precisão. Desculpem-me os outros brasileiros, mas para falar de comida baiana, vc tem que ser baiano. Como falar desta culinária, se não falarmos da moqueca de camarão, esse ensopado que leva uma série de temperos (prefiro nem saber, para não destruir a mágica), e o ouro líquido que é o azeite de dendê.

Quando penso em Moqueca automaticamente me vem um nome em mente: Yemanjá! Na minha opinião a melhor que conheço, o restaurante fica de frente para a praia em mais um pedaço feio da orla de Salvador, mas não estamos aqui para falar da vista. As garçonetes são cafonas, vestidas de baianas, com um sorriso no rosto, e disponibilidade para te atender, com aquele jeito que grita: “tenha pressa não”. Tenho que admitir que nesta última visita o serviço estava incrivelmente rápido e eficiente, mas isso é mais uma exceção que a regra. O lugar já teve dias melhores, está mau conservado e poderia ter dado um upgrade na decoração.

De entrada pedimos uma porção de acarajés e casquinha de siri. O siri estava saboroso, molhadinho, com pouco tempero, com o frescor que se pede (não consigo entender quem coloca maionese nesse prato), com a adição de uma farofa e pimenta o sabor continuava ali com uma textura diferente, gosto de Mar Grande. As acarajés já foram melhores por lá, desta vez estava sem aquela crosta vermelha e crocante que é o ideal para o bolinho, mas o vatapá estava delicioso e cremoso, que balanceia bem o gosto forte e a crocância do camarão seco.

A estrela do dia não nos decepcionou vem em uma panela de barro borbulhando, a fumaça sai com cheiro do leite de coco misturado com o dendê. Os camarões são grandes e carnudos, com uma textura perfeita sem ser borrachudos. O gosto da moqueca é uma explosão de sabores do agudo do dendê a melosidade do leite de coco, tudo misturado e batido com os temperos que só o Yemanjá sabe fazer, nada de rodelas de tomate, cebolas e pimentões atrapalhando o seu camarão. As sobremesas são relativamente caseiras e sem grande mistérios, cocadas, ambrosia mas nada que seja tão marcante quanto a deliciosa moqueca.

Yemanjá
Av Otávio Mangabeira, 4655
Tel 71-3461-9010

2**
$$

Thursday, October 23, 2008

Hatsuhana - Japonês de verdade

Vamos combinar logo de cara, não sabemos comer Sushi no Brasil! Pronto falei! Do excesso dos pedidos de salmão e das super invenções fritas para todos os gostos estamos a cada vez mais nos distanciando da culinária japonesa de verdade. Não estou falando que não gosto do que temos aqui, para falar a verdade adoro, mas separo os restaurante japonês em os com invencionismos e os de verdade. Em NYC fui a um desses de verdade que me fazem pensar se já havia comida algo assim antes aqui no Brasil, apesar de freqüentar japonês pelo menos uma vez por semana.

O Hatsuhana em NYC não tem nada do glamour peculiar aos melhores restaurantes da cidade, uma decoração super simples, talvez até simples de mais. Mas logo que vc entra uma coisa chama atenção, não só todos trabalhando lá são japonês e quase não falam inglês como metade dos clientes também é japonês, indício de comida de qualidade em minha opinião.

Acho que a experiência foi tão boa porque demos asas a criatividade do nosso sushi men, sentamos no balcão e falamos prepare o que vc quiser, sendo que não gosto de ouriço. Tenho que admitir que essa brincadeira também pode dar asas a sua conta no final da noite, dado que as coisas mais especiais tendem a ser muito caras, dada a sua raridade, uma dupla de sushi especiais podem custar facilmente 20 dólares. Mas uma vez na vida esse pecado é permitido.

Alguns dos destaques ficam para a enguia que é levemente cozida e vem com um molho levemente adocicado, nada do excesso de teriaky que usamos aqui, o sushimen dá uma pincelada e that is it. O sushi de camarões muito pequenos crus e molinhos, é uma experiência no mínimo peculiar, a textura é realmente diferente de tudo que já comi em um restaurante de japonês. Uma coisa que me chamou atenção é que o arroz dos sushis era levemente morno, meio que saia direto da panela que contrastou bem com esse camarão.

Mas o highligh total da noite fica para a toro fat tuna, que é um atum extremamente gordo, talvez seja o equivalente do Foie Gras dos franceses, mas sem as crueldades que são feitas com os ganços. Este Toro estava especialmente fresco, segundo nosso sushimen era de Boston e não tinha sido congelado, apenas resfriado. A textura desse peixe não lembra em nada qualquer peixe, é quase que uma mousse, com um gosto “longo” (me falta o adjetivo apropriado, o que quero dizer é um gosto que fica na boca mesmo depois que vc engoliu o peixe), macio e amanteigado, afinal de contas é um peixe especialmente gordo. Quando vc tiver oportunidade não deixe de experimentar. O yellow tail snapper com o sal moído na hora das montanhas do tibet também era especial, com as suas precisas gotas de limão.

Para acompanhar uma mínima jarra de saquê frio, e água com gás, afinal de contas nem tudo que vc experiementa ao pedir um menu exótico é sensacional. Mas no final das contas vale a pena a brincadeira para os apreciadores de uma boa aventura gastronômica. Próxima para Tóquio, que sabe lá eu não me aventuro de novo por esses caminhos!

Hatsuhana
17 east 48th St
New York City

3***
$$$$

Per Se - Sabores que duram até o dia seguinte, pelo menos.

E aqui estamos de novo diante de um refeição de 4 estrelas! Eu sei que sou muito chato, mas realmente é difícil combinar: atendimento, ambiente, comida inovadora, execução impecável! Tenho que me defender logo, que além dessa refeição e da outra quarto estrelas que tenho aqui no blog, tenho uma que nunca escrevi, mas que vale mencionar para vcs não acharem que eu sou um pedante, que acho que só se pagando muito se come impecavelmente bem. Em Boi Peba, na Bahia, tem um restaurante chamado Mar e Coco, que é na verdade quase uma cabana e tem apenas 4 ou 5 pratos no menu, simplesmente divino, quando comi lá gastei 20 reais!

Mas voltando ao assunto, eu jantei de novo no Per Se em NYC e tenho que dizer que poucas vezes me senti tão mimado como lá, da execução perfeita da comida ao serviço que é algo que não dá para ser descrito com facilidade tudo é sem falhas. O Per Se é um restaurante de menu degustação, mas vc tem escolhas, ou vc é vegetariano ou não é! Além disso, em dois momentos dos 9 pratos (mas acredite não é tanta comida assim), vc pode fazer escolha entre 2 opções. Mas na verdade nem que não pudesse confiaria no chef Thomas Keller de olhos fechados. NADA, absolutamente NADA que veio a mesa era menos do que sublime.

Não posso falar de todos os pratos para não entediar vcs, mas logo que chegamos somos sentados em uma mesa com a vista incrível do canto do sudoeste do Central Park, em um restaurante que tem uma decoração que é “tone down”, com tons sóbrios de marrom e off White, talvez para não atrapalhar a grande estrela da noite: a comida. As mesas são impecavelmente postas, com talheres de prata simples e louças sempre brancas (eu realmente não gosto de louça escura que eu não consigo ver o que estou comendo, será que até nisso ele pensou), em formatos que variam de acordo com o prato que está sendo servido.

Antes de tudo começar somos surpreendidos pela versão francesa de nosso pão de queijo, baseado no queijo Gruyere, sequinho e levemente crocante por fora e uma explosão de suavidade por dentro, com o gosto inconfundível do gruyere, logo após somos surpreendidos por um cone ultra crocante, mas de massa leve, enrolado em um guardanapo, dentro um sour cream leve, quase que como claras em neve, e em cima um tartar de salmão picado em mínimos pedaços. Lá a comida é mais que sabores são texturas, sensações e aromas. Além disso, vale lembrar que é claro que adoro essas surpresas que são feitas ao longo da refeição.

Entre os pratos que comi vou destacar 3, de entrada o prato mais conhecido do cheff, uma ostra levemente cozida, em um potinho com um fundo de sagu (isso mesmo a nossa velha tapioca que lá é chamada de pérolas de tapioca), um creme que me lembra um bechamel rico em manteiga e com uma pequena colher de caviar negro. Acho que esse prato é a definição da cozinha do Per Se, as texturas do caviar e do sagu contrastam com a da ostra que esta perfeitamente fresca, o molho amanteigado balanceia o gosto peculiar e salgado do caviar, sem que nada perca seu lugar.

O Foie Gra frio com calda de frutas vermelhas veio com a textura firme como deve ser, contrastando com a acidez das frutas vermelhas e com um brioche, que faria inveja a qualquer padeiro. Os pães lá são frios como nos restaurante europeus, mas as manteigas são um capítulo a parte. Lá tudo tem uma história a nossa manteiga veio de uma fazenda de Vermont, de 35 acres com apenas 6 vacas, que produzem manteiga todos os dias apenas para o Per Se, chic mesmo é ter uma história de exclusividade por trás do seu produto, forget the rest!

A vieira selada na frigideira com a textura de uma nuvem branca, de tão perfeita, vinha com um molho de romã, que trazia um contraste com a melosidade do marisco, mais uma vez um balanceamento perfeito entre sabores e texturas. O peito de pato estava cozido perfeitamente e acompanhava um gratin de batatas, simples não? Mas quando simples atinge a perfeição o que fazemos? Deliramos, acho que é isso.

O carneiro estava muito bom, assim como o peixe (não me pergunte o nome em português Yellow Tail Snapper), a sobremesa de pêra estava maravilhosa assim como o sorbet antes da sobremesa de melancia. A surpresa de um parfait com calda de amoras era um final feliz para os homens, e um mini creme brulé para as mulheres (não sei qual a lógica). Mas, no Per Se, eles não se dão por satisfeitos, que tal a seleção de chocolates feitos lá mesmo para acompanhar o café? No final da refeição recebemos uma sacolinha com um crocante de amêndoas com base de chocolate, mas no meu caso que tinha comentado que não comia chocolate, caramelos puxa com gosto de infância! No dia seguinte enquanto comia os meus caramelos ainda delirava com os sabores da noite anterior, no Per Se eles são cuidados para que a sua experiência dure até o dia seguinte.

Mas tenho que admitir que tudo isso é uma brincadeira cara, o menu degustação sem a escolha do Foi Gra no terceiro prato é US$ 275, se vc fizer a minha escolha adicione mais US$ 30, ou seja é para os amantes da boa comida, as pessoas com um cartão corporativo ou amigos muito gentis que te convidem para a experiência. Não se esqueça que com uma refeição como essa um bom vinho é necessário, ou seriam bons vinhos. No final das contas prefiro isso que uma noite em um hotel maravilhoso ou uma extravagância qualquer, mas sei que eu sou meio maluco por comida, vide esse blog!

Per Se
Columbus Circle, Time Warner Centre, 4th Floor
NYC

4****
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